Avaliação dos frequentes reajustes no soldo dos militares de 2000 a 2018

Abstract

A inflação e a desvalorização cambial são os dois maiores pilares da destruição de poder de compra da moeda brasileira. A primeira é um resultado do aumento médio nos preços dos bens e serviços consumidos pelas famílias brasileiras que ganham entre 1 e 40 salários mínimos. Já a segunda é derivada das negociações cambiais de compra e venda de dólares. O objetivo deste trabalho foi avaliar como esses dois fatores se correlacionam com os frequentes reajustes no soldo dos militares de 2000 a 2018. Assim, há uma análise específica sobre o poder de compra dos militares através do tempo. No período de análise, há oscilações expressivas tanto na inflação quanto no câmbio real/dólar, ao mesmo tempo em que houve diversos reajustes no soldo dos militares de diversas porcentagens diferentes, destacando-se uma perda do poder de compra de 71% na renda média do militar, sem considerar os reajustes. Isto é, R$ 1,00 em 2018 é o equivalente a R$ 0,29 em 2000, ou seja, o que poderia ser comprado por R$ 0,29 em 2000, em 2018 é necessário R$ 1,00 para comprá-lo. No cenário cambial, o real teve uma desvalorização de 104,71% no período do trabalho. Enquanto isso, o reajuste médio do soldo nominal dos militares chegou a 125,73%. Os reajustes no soldo dos militares, descontada a inflação, são de 0,014% ao ano, e, portanto, de 4,66% no período compreendido pelo trabalho. Embora a diferença de soldo entre as entidades estudadas, a saber: Soldado do Efetivo Profissional, Primeiro Tenente e Major, seja grande em termos monetários, em termos percentuais todos sofreram as mesmas consequências da inflação e desvalorização cambial. Isso porque a inflação brasileira é embutida nos preços dos bens e serviços consumidos. O impacto cambial é semelhante devido à globalização mercantil e consequente utilização do dólar como moeda internacional de trocas. Esse fato gera consequências para os elementos estudados devido ao repasse de preços das commodities, que são dolarizadas, para os consumidores. E, portanto, perda de seu poder de compra. _____________________________________________________________________________________ The inflation and the currency devaluation are the both biggest destruction’s pillars of real’s purchasing power. The first is a result of average increase in prices of assets and services consumed by families that earn from 1 to 40 minimum wage. The second is derivate of exchange negotiations of buy and sell of dollars. The goal of this work was evaluated how this both factors correlate with the frequent adjustment in the military payment from 2000 to 2018. Then, we have a specific analysis about the military’s purchasing power year over year. In the period of analysis, we have expressive oscillations in the inflation as well as in the exchange real/dollar, in the same time we had several readjustments in the military payment of many different percentages. Standing out a loss of purchasing power of 71% in the medium military payment, without consider the readjustments. That is, R$ 0,29 in 2000 equivalent to R$ 1,00 in 2018, in other words, what could be buy with R$ 0,29 in 2000, in 2018 is bought for R$ 1,00. In exchange scenery, the real suffered a devaluation the of 104,71% in the work’s period. While that, the average readjustment of military payment nothing was 125,73%. The readjustment discounted from inflation are 0,014% year over year. In other words: 4,66% in the work’s period. Although the difference between the military payment rank, to know: Soldier, First Lieutenant and Major, be big in monetary terms, in percentage terms both suffered the same inflation’s consequences and the exchange devaluation. This, because the Brazilian inflation is built-in the assets and services prices. The Exchange’s impact is similar due to mercantile globalization and the consequent use of dollar as an international Exchange currency. This fact has consequences for the elements studied due to the transfer of commodity prices, which are dollarized, to consumers.