A influência do desarmamento na política nacional de defesa -uma análise do caso Alemanha e Suiça na segunda grande guerra

Abstract

Este trabalho tem por finalidade trazer à tona um aspecto do debate sobre armas de fogo em posse da população de um país ainda pouco escolarizado, com a intenção de integrar os cidadãos na defesa da Pátria e tendo sucesso em repelir um possível ataque interno ou externo. Ao longo da discussão, serão utilizados dois países para exemplificar os prós e os contras, Suiça e Alemanha, no contexto da Segunda Grande Guerra. Hoje em dia existe instaurado um ambiente caótico, incerto e complexo no tocante às relações internacionais, com isso permeando até a própria dinâmica dos poderes e instituições em uma nação. Tal fato por si só já serve de justificativa para uma pesquisa sobre como as políticas de defesa devem se moldar e se reinventar para combater toda e quaisquer ameaças que um país pode vir a sofrer, mas cabe ressaltar a importância desses assuntos serem pesquisados por membros das Forças de Segurança, Armadas ou Auxiliares, pois são os que mais podem contribuir para uma visão estratégica e real da aplicabilidade de uma política baseada na tese desse trabalho. O desarmamento alemão começou pautado nas regulamentações do tratado de Versalles, mas após diversas modificações, obteve caráter de proibição ao acesso às armas originada pela classe, raça e opinião política, tomando sua população subserviente e expectadora de seu próprio futuro. O caminho para o total desarmamento dos conhecidos como inimigos do "Reich" foi longo, ganhando força após a tomada do poder pelos pelos nazistas em 1933, momento em que os resultados da falta de poder dos cidadãos da República de Weimar começaram a surgir em forma de arbitrariedades por parte dos detentores do poder. Já a Suiça, país com enorme tradição e de cultura armamentista, manteve-se íntegra e não foi atacada pelo esforço de guerra nazista, grande parte desse sucesso atrelado ao fato se sua população ser integrante contumaz da sua estratégia de defesa, o que é destacado até hoje por historiadores. Partino desses casos antagônicos, a intenção é buscar extrair o máximo de como funciona uma política nacional de defesa que emprega a população ativamente, guardadas as devidas proporções e amparada pela PND ( Política Nacional de Defesa ), visando colocar em prática o OND 6 (Objetivo Nacional de Defesa número seis), que diz que se faz necessária a ampliação do envolvimento da população dos assuntos da defesa nacional. Será evidenciado o desarmamento alemão, pois há diversas coincidências com o que ocorreu no Brasil, como, por exemplo, a questão da declaração de efetiva necessidade para se adquirir uma arma de fogo. Na conclusão, fixa a idéia de que armas são instrumentos de liberdade, sendo parte fundamental de uma política nacional de defesa que intriga toda a população, dando a ela poderes para intervir em algo que modifique o "status quo" de sua sociedade. ______________________________________________________________________________________ This work aims to bring to light an aspect of the debate on firearms in the possession of the population of a country still poorly educated, with the intention of integrating citizens in the defense of the homeland and succeeding in repelling a possible internal or external attack. Throughout the discussion, two countries will be used to exemplify the pros and cons, Switzerland and Germany, in the context of the Second World War. Today, there is a chaotic, uncertain and complex environment in terms of international relations, which permeates even the dynamics of powers and institutions in a nation. This fact alone serves as a justification for research on how defense policies should be shaped and reinvented to combat any and all threats that a country may suffer, but it is worth emphasizing the importance of these issues being researched by members of the Security Forces, Armed or Auxiliary, as they are the ones that can contribute most to a strategic and real vision of the applicability of a policy based on the thesis of this work. German disarmament began guided by the regulations of the Treaty of Versailles, but after several modifications, it obtained a character of prohibition on access to weapons originated by class, race and political opinion, making its population subservient and expectant of its own future. The road to complete disarmament of the so-called enemies of the "Reich" was a long one, gaining momentum after the Nazi takeover of power in 1933, at which point the results of the Weimar Republic's citizens' lack of power began to emerge in the form arbitrariness on the part of those in power. Switzerland, on the other hand, a country with an enormous tradition and an arms culture, remained intact and was not attacked by the Nazi war effort, much of this success linked to the fact that its population is a persistent member of its defense strategy, which is highlighted to this day by historians. Starting from these antagonistic cases, the intention is to seek to extract the maximum of how a national defense policy works that employs the population actively, keeping the due proportions and supported by the PND (National Defense Policy), aiming to put into practice the OND 6 (Goal number six), which says that it is necessary to increase the involvement of the population in matters of national defense.German disarmament will be highlighted, as there are several coincidences with what happened in Brazil, such as, for example, the question of the declaration of effective need to acquire a firearm. In the conclusion, he establishes the idea that weapons are instruments of freedom, being a fundamental part of a national defense policy that intrigues the entire population, giving them powers to intervene in something that changes the "status quo" of their society.