O emprego da tropa de infantaria paraquedista na intervenção federal de 2018

Abstract

A Intervenção Federal no Estado do Rio de Janeiro no ano de 2018 foi um marco da atuação das Forças Armadas em prol da crise de segurança pública que assolava o Estado. Dessa forma, a Intervenção tinha como principal objetivo intervir na segurança pública do Estado Fluminense a fim de reduzir os elevados índices de criminalidade dessa região. Com isso, o Governo Federal, por meio da atuação das Forças Armadas, detinha autonomia suficiente sobre todas as ações referentes a segurança. Dessa forma, o então Presidente Michel Temer nomeou como Interventor o General Walter Souza Braga Netto, na época Comandante do Comando Militar do Leste (CML) o qual tinha o privilégio de governador, devendo satisfações diretamente ao Governo Federal, entretanto restringia-se à área da segurança pública. Em virtude desse contexto, o Gen Braga Netto organizou a atuação das Forças Armadas na seguinte forma: no Nível Estratégico, o Gabinete de Intervenção Federal (GIF), o qual tem como objetivo integrar, cooperar e recuperar os órgãos de segurança pública e reduzir os índices de criminalidade. Já no Nível Operacional, o Comando Conjunto, cuja principal missão é aumentar a sensação de segurança, por parte da população, atuando nas causas, que são os traficantes e as manchas criminais. E no Nível tático os Grandes Comandos (G Cmdo), Organizações Militares (OM) do CML e as Grandes Unidades (GU). É nesse último nível que a Brigada de Infantaria Paraquedista se encaixa. Além de ser uma Força de Emprego Estratégico Nacional está totalmente inserida nesse cenário volátil, incerto, complexo e ambíguo, sendo imprescindível a sua atuação nessa medida Federal. Portanto, esta pesquisa buscou correlacionar a situação da Intervenção Federal com os impactos dessa medida no grau de adestramento e preparo da tropa de Infantaria Paraquedista. ___________________________________________________________________________________ The Federal Intervention in the state of Rio de Janeiro in 2018 was a landmark of the Armed Forces' actions to address the public security crisis that was devastating the state. Thus, the main objective of the intervention was to intervene in the public security of the state of Rio de Janeiro in order to reduce the high crime rates in the region. With this, the Federal Government, through the action of the Armed Forces, had autonomy over all actions related to security. For this, then-President Michel Temer nominated General Walter Souza Braga Netto, then Commander of the Eastern Military Command (CML), as Intervenor. In this context, Gen Braga Netto organized the actions of the Armed Forces as follows: at the Strategic Level, the Federal Intervention Office (GIF), which aims to integrate, cooperate and recover public security agencies and reduce crime rates. On the Operational Level, the Joint Command, whose main mission is to increase the population's feeling of security, by acting on the causes, which are the traffickers and the criminal spots. At the tactical level are the Great Commands (G Cmdo), Military Organizations (OM) of the CML, and the Great Units (GU). It is at this last level that the Parachute Infantry Brigade fits. Besides being a National Strategic Employment Force, it is fully inserted in this volatile, uncertain, complex and ambiguous scenario, making its performance in this Federal measure indispensable. Therefore, this research sought to correlate the situation of the Federal Intervention with the impacts of this measure on the degree of training and preparation of the Paratrooper Infantry troop.