O desenvolvimento de competências afetivas pessoais da liderança militar durante a carreira por intermédio da esgrima

Abstract

A liderança é um assunto atual e que vem ganhando destaque no foco das instituições que lidam diária e diretamente com pessoas. É uma área de grande importância não apenas para o civil mas também, e com razão, para o militar desde o início de sua carreira. Portanto, o foco desse trabalho será especificamente na Liderança Militar. O esporte sempre foi uma atividade de grande importância na vida das pessoas e na carreira militar não seria diferente. No Exército, os Cadetes podem, se for de seu interesse, tentar entrar em uma equipe esportiva, pois sabe-se que muito se ganha através da prática de esportes. O esporte que será estudado neste trabalho é a esgrima. Partindo da ideia de que muito se ganha com a prática de esportes, e que o fenômeno da liderança é um dos assuntos que na atualidade mais está em evidência, surgiu a dúvida que motivou a visão geral desse trabalho: poderia a prática de esgrima contribuir no desenvolvimento das competências afetivas que se esperam do lider militar? Esta pesquisa teve a finalidade de posicionar a prática da esgrima, no âmbito acadêmico, como um importante instrumento à disposição dos instrutores para promover, com rigor científico e não de forma empírica, o desenvolvimento das competências afetivas pessoais ligadas à liderança militar, não apenas durante a formação do futuro oficial do Exército Brasileiro, mas ao longo de toda a sua carreira. Assim, de forma a manter a coesão, coerência e objetividade da pesquisa, convém ressaltar que as conclusões do pesquisador serão formuladas a partir da tabulação de dados coletados em um universo composto por atletas militares de esgrima e mestres d’armas, o que confere credibilidade à amostra e qualidade às conclusões. O questionário foi respondido por 52 militares, sendo 26 Cadetes e 26 Oficiais. Além disso, vale ressaltar que 17 de todos os 26 oficiais entrevistados são mestre d’armas, ou seja, 65% dos oficiais que responderam a pesquisa possuem o curso de instrutor de esgrima. Percebe-se com isso um engajamento por parte dos oficiais em contribuírem com esta pesquisa. Este trabalho justifica-se, portanto, pela necessidade de estudar, cientificamente e de forma inédita, a relação existente entre a prática da esgrima e o desenvolvimento da liderança militar, bem como identificar quais são as competências afetivas pessoais, possivelmente mais desenvolvidas com a prática da esgrima. _________________________________________________________________________________ Leadership is a current subject that has been gaining prominence in the focus of institutions that deal daily and directly with people. It is an area of great importance not only to the civilian but also, and rightly so, to the military from the beginning of their careers. Therefore, the focus of this work will be specifically on Military Leadership. Sport has always been an activity of great importance in people's lives and in the military career it would be no different. In the Army, Cadets can, if it interests them, try to join a sports team, as it is known that much is gained through playing sports. The sport that will be studied in this work is fencing. Starting from the idea that much can be gained from the practice of sports, and that the phenomenon of leadership is one of the subjects that is currently most in evidence, the question that motivated the general view of this work arose: could the practice of fencing contribute to the development of affective skills that are expected of the military leader? This research aimed to position the practice of fencing, in the academic field, as an important instrument available to instructors to promote, with scientific rigor and not empirically, the development of personal affective competences linked to military leadership, not only during the formation of the future officer of the Brazilian Army, but throughout his career. Thus, in order to maintain the cohesion, coherence and objectivity of the research, it should be noted that the researcher's conclusions will be formulated from the tabulation of data collected in a universe composed by military fencing athletes and fencing masters, which gives credibility to the sample and quality to the conclusions. The questionnaire was answered by 52 military personnel, being 26 Cadets and 26 Officers. In addition, it is worth mentioning that 17 of all 26 officers interviewed are fencing masters, that is, 65% of the officers who responded to the survey have a fencing instructor course. This shows an engagement from the officers in contributing to this research. This work is justified, therefore, by the need to study, scientifically and in an unprecedented way, the relationship between the practice of fencing and the development of military leadership, as well as to identify which are the personal affective competences, possibly more developed with the practice of fencing.