Terrorismo alimentar em operações de paz: consequências para a missão

Abstract

Este trabalho de conclusão de curso visa apresentar o tema Terrorismo Alimentar inserido no contexto da Defesa Alimentar no âmbito do Exército Brasileiro, mais especificamente em missões de paz. Os conceitos, embora pouco conhecidos do público em geral, tem sido objeto de inúmeras pesquisas e envolve diversos atores, sejam internos (manipuladores de alimentos) ou externos (fornecedores, local de coleta de água, transporte) ao ambiente das cozinhas. A contaminação intencional dos alimentos pode trazer graves problemas para quem os ingere e pode ter implicações ainda maiores, chegando até mesmo a morte. Além disso, muitos dos agentes potencialmente contaminantes podem ser facilmente encontrados e/ou adquiridos por qualquer pessoa, o que facilita a ação de um elemento mal intencionado. A Organização Mundial da Saúde trouxe um guia sobre o assunto em 2002 e, desde então, exércitos como o dos Estados Unidos e de Portugal (e além de outros órgãos internacionais) tem tratado do tema com muito rigor. No Exército Brasileiro (e no Ministério da Defesa) os estudos mais aprofundados iniciaram em 2018, com a 1ª Reunião do Grupo de Trabalho do Projeto de Defesa Alimentar. Identificou-se com este estudo que as consequências envolvendo atos de Terrorismo Alimentar são graves e que possuem consequências de proporções grandiosas, inclusive com grande repercussão interna e no meio civil.

This course conclusion work aims to present the Food Terrorism theme inserted in the context of Food Defense within the scope of the Brazilian Army, more specifically in peace missions. The concepts, although little known to the general public, have been the subject of numerous researches and involve several actors, whether internal (food handlers) or external (suppliers, water collection site, transport) to the kitchen environment. The intentional contamination of food can cause serious problems for those who eat it and can have even greater implications, even death. Furthermore, many of the potentially contaminating agents can be easily found and/or acquired by anyone, which facilitates the action of a malicious element. The World Health Organization brought a guide on the subject in 2002 and, since then, armies such as the United States and Portugal (and other international bodies) have dealt with the subject very rigorously. In the Brazilian Army (and in the Ministry of Defense) more in-depth studies began in 2018, with the 1st Meeting of the Working Group of the Food Defense Project. It was identified with this study that the consequences involving acts of Food Terrorism are serious and that they have consequences of grandiose proportions, including great internal and civil repercussions.