As capacidades exigidas da Compania de Engenharia de Força de Paz na MINUSTAH, no pós terremoto

Abstract

A Engenharia do Exército Brasileiro teve uma importante participação na MINUSTAH, especialmente no período após o terremoto de 2010. No período, os contingentes que se sucederam cumpriram missões de apoio ao componente militar, ao staff da ONU, e à sociedade haitiana, cobrindo tarefas de combate e construção no amplo espectro das operações militares. Além da projeção internacional da missão em si, tal experiência gerou ganhos doutrinários mensuráveis segundo os preceitos do DOAMEPI. Em decorrência, houve adaptações ao ambiente hostil enfrentado no Haiti e às exigências da ONU. Para tal, as Capacidades Operativas de Prontidão, Mobilidade e Contramobilidade, Atribuições Subsidiárias, Ações Sobre a Égide de Organismos Internacionais, Planejamento e Condução, Sistemas de Comunicações, Apoio Logístico Para Forças Desdobradas, Infraestrutura da Área de Operações, Saúde nas Operações, Proteção ao Pessoal e Proteção Física tiveram destaque por serem necessárias para o cumprimento das tarefas demandadas. O desenvolvimento de tais capacidades, ao longo da missão, gerou adaptações nas equipes de trabalho, buscando a otimização das potencialidades da Companhia. A maior parte das capacidades demandadas foi plenamente demonstrada. Outras, embora não tenham atingido a sua plenitude, deixaram uma experiência foi útil que possibilitou identificar as possibilidades de melhoria para missões futuras, nos contextos de guerra e não guerra, tanto em território nacional quanto no exterior. Em suma, as exigências expressas no Memorando de Entendimento firmado entre o Brasil e a ONU para aquela missão foram alcançadas de forma adequada. O sucesso alcançado e reconhecido internacionalmente comprova que o modo de trabalho adotado é viável, sendo pertinente considerar os relatórios da BRAENGCOY para os planejamentos de missões futuras, especialmente as que exigem flexibilidade, adaptabilidade, modularidade, elasticidade e sustentabilidade. ___________________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT The Brazilian Army Engineering had an important participation in MINUSTAH, especially during the period after the 2010`s earthquake. During the term, contingents accomplished combat and construction missions across the broad spectrum of military operations, in order to support the military component, UN’s Staff and the Haitian Society. In addition to the international projection of the mission itself, this experience generated measurable doctrinal gains according to DOAMEPI precepts. As a result, there were adaptations to the hostile environment faced in Haiti and to the requirements of the UN. To reach that, Operative Capabilities such as Readiness, Mobility and Countermobility, Subsidiary Attributions, Actions Under the Aegis of International Organizations, Planning and Conduct, Communication Systems, Logistic Support for Deployed Forces, Infrastructure of the Operations Area, Health in Operations, Protection of the Personnel and Physical Protection stood out as the main requirements to fulfill the needed tasks. The development of such resources, throughout the mission, led to adaptations in the teams, seeking to optimize the Company's work potential. Most of the requested resources were fully demonstrated. Other, although it has not reached its fullness, were useful as experience, once that made it possible to identify possibilities of improvement for future missions, in the contexts of war and non-war, both in national territory and abroad. In short, the requirements expressed in the Memorandum of Understanding signed between Brazil and the UN for that mission were adequately met. The success achieved and internationally recognized proves that the way of working adopted is viable, and it is pertinent to consider BRAENGCOY's reports for future mission planning, especially regards to flexibility, adaptability, modularity, elasticity and sustainability.