Princípios e emprego de fogos cibernéticos

Abstract

A função de combate fogos é uma das seis adotadas pelo Exército Brasileiro e reúne atividades, tarefas e sistemas inter-relacionados que permitem o emprego coletivo e coordenado de fogos cinéticos e não cinéticos. O emprego dessa capacidade é regido por quatro princípios previstos na doutrina do Exército Brasileiro: centralização do comando e descentralização da execução; Oportunidade e continuidade do fogo; obtenção e manutenção da superioridade; e profundidade. Contudo, alguns autores discordam dessa definição e sugerem a adoção de princípios diferentes, mais afetos aos fogos cibernéticos. Dessa maneira, o objetivo desse trabalho foi identificar os princípios de emprego de fogos não cinéticos, decorrentes de um ataque cibernético. Para tanto, foi distribuído um questionário aos especialistas em guerra cibernética das Forças Armadas com a finalidade de ratificar/retificar os princípios listados no manual FOGOS EB20-MC-10.206, tomando como referência a pesquisa de outros autores. O resultado alcançado revela que os princípios atualmente aceitos na doutrina brasileira devem ser alterados, pois não atendem às particularidades do domínio cibernético, devendo ser adotados os seguintes: discrição, perícia, prontidão, adaptabilidade e precisão.