Os esforços do Brasil para se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e seus reflexos para o Exército Brasileiro

Abstract

A presente pesquisa visa identificar os reflexos da busca do Brasil por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU para o Exército Brasileiro. Desde a criação do primeiro órgão de segurança coletiva internacional – a Liga das Nações – o Brasil manteve-se disposto a não só ajudar na fundação e consolidação dos organismos internacionais que se sucederam e sim a também integrar de forma mais atuante e importante essas entidades. Como órgão de segurança, a ONU requer um contingente militar e em sua composição países que tenham força e influência no cenário internacional, para fazer cumprir as suas decisões e sanções. A busca desses princípios norteou a formação dos membros permanentes ao final da Segunda Guerra Mundial, trazendo importantes países da época a ocuparem os assentos permanentes do Conselho. Porém a constante mudança na arquitetura do cenário político global trouxe à baila questionamentos da estrutura do Conselho de Segurança. Com isso, mudanças são buscadas e diversas nações anseiam por uma maior representatividade a partir de uma reforma no órgão. No caminho pela conquista do assento permanente no Conselho de Segurança o Estado brasileiro assumiu compromissos, organizou-se diplomaticamente e militarmente, a fim de atender às demandas exigidas pela entidade e os países que compõe determinado Conselho. Nesse contexto, o trabalho buscou apresentar o momento histórico em que foi formado o órgão deliberativo, sua estrutura e funcionamento, assim como as ações realizadas pelo Brasil para conseguir uma cadeira permanente no Conselho de Segurança e suas consequências para o Exército Brasileiro.