Os desafios do Exército Brasileiro no atual cenário político polarizado

Abstract

O cenário político nada mais é que entender as relações políticas e de poder do país e as necessidades de adequar o ambiente de trabalho, nesse caso, o Exército Brasileiro, foco a ser analisado, no cumprimento de sua missão institucional, estabelecida na Constituição Federal de 1988, e no atendimento das demandas da sociedade. Nesse contexto, as eleições de 2018 caracterizou-se por uma alternância política da esquerda para a direita, em consequência do “impeachment” e da condenação a ex-Presidente Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), em 2016, por crimes de responsabilidade por pedaladas fiscais e por créditos suplementares sem autorização legislativa. Após 13 anos, de 2011 a 2016, a esquerda sai de cena e abri caminho para a direita, permitindo a eleição à época de Jair Messias Bolsonaro, atual Presidente da República, um capitão reformado do Exército, conservador, pautado pelos valores cristãos e familiares. As implicações da polarização política entre a esquerda e a direita se rivalizaram quando ambas as partes optaram pelas ofensas e ataques agressivos desde o processo eleitoral, utilizando-se da disseminação de notícias falsas, denominadas “fake news”, nas redes sociais e nos demais meios de comunicação tradicional, como os programas de televisão e rádio, ao invés de buscarem o diálogo sério, responsável e construtivo, o que tudo indica que se agravará nas próximas eleições. Sendo assim, a divergências geradas entre esquerda e direita, e seus reflexos para os militares, em especial do Exército Brasileiro, a partir do momento que ambos extrapolarem o campo democrático, serão analisados, a fim de avaliar consequências da atual conjuntura político para a Instituição, principalmente no que tange a permeabilidade dos militares nos Poderes Constitucionais e no preparo e emprego da Força Terrestre, principalmente em curto prazo nas Operações de Garantia da Votação e Apuração, previstas para ocorrer em 2022. Nesse cenário, o presente “Policy Paper” tem por finalidade analisar os desafios do Exército Brasileiro no atual cenário político polarizado, destacando a participação dos militares no governo, como também o atendimento institucional ao cumprimento da garantia dos poderes constitucionais e da lei e da ordem. _________________________________________________________________________________________ EXECUTIVE SUMMARY The political scenario is nothing more than understanding the country's political and power relations and the needs to adapt the work environment, in this case, the Brazilian Army, a focus to be analyzed, in the fulfillment of its institutional mission, established in the Federal Constitution of 1988, and in meeting the demands of society. In this context, the 2018 elections were characterized by a political shift from left to right, because of the impeachment and the condemnation of former President Dilma Rousseff, of the Workers' Party (PT), in 2016, for crimes of responsibility for tax rides and supplementary credits without legislative authorization. After 13 years, from 2011 to 2016, the left leaves the scene and paved the way to the right, allowing the election at the time of Jair Messias Bolsonaro, current President of the Republic, a retired Army captain, conservative, guided by Christian and family values. The implications of political polarization between the left and the right were rivaled when both parties opted for aggressive offenses and attacks since the electoral process, using the dissemination of false news, called fake news, on social networks and other media of traditional communication, such as television and radio programs, instead of seeking serious, responsible, and constructive dialogue, which indicates that it will worsen in the next elections. Thus, the divergences generated between left and right, and their repercussions for the military, especially the Brazilian Army, from the moment that both extrapolate the democratic field, will be analyzed in order to assess the consequences of the current situation political for the Institution, mainly with regard to the permeability of the military in the Constitutional Powers and in the preparation and use of the Land Force, especially in the short term in the Voting Assurance and Verification Operations, scheduled to take place in 2022. In this scenario, the purpose of this Policy Paper is to analyze the challenges of the Brazilian Army in the current polarized political scenario, highlighting the participation of the military in the government, as well as the institutional assistance to fulfill the guarantee of constitutional powers and law and order.