Peacekeeper women : percepções de oficiais do exército brasileiro em sua participação em operações de paz

Abstract

A orientação da inclusão de mulheres nas operações de paz ocorreu no ano de 2000, através da Resolução 1325 da ONU. Após 20 anos, a participação feminina ainda é discreta. O Brasil participou de algumas missões, com grande destaque para a MINUSTAH. No entanto, seu papel não é bem estabelecido e entendido. O objetivo deste trabalho foi realizar uma pesquisa quali-quantitativa mediante aplicação de questionário às oficiais do Exército Brasileiro que participaram de operações de paz no exterior de forma voluntária a fim de levantar suas percepções acerca do tema. Os resultados foram ao encontro de outras pesquisas anteriormente realizadas nesta mesma linha, assim como de perspectivas utilizadas pela ONU para a inclusão de mulheres nas operações de paz, revelando que estereótipos de gênero podem ser utilizados de forma positiva para garantia de melhor convivência com as mulheres locais._________________________________________________________________________________ABSTRACT Official inclusion of women in peace operations took place in 2000, through UN Resolution 1325. After 20 years, female participation is still discreet. Brazil participated in some missions, with great emphasis on MINUSTAH. However, their role is not well established and understood. The objective of this work was to carry out a qualitative-quantitative research by applying a questionnaire to Brazilian Army women officers who participated in peace operations abroad, in order to understand their perceptions on the subject. The results were congruent with other surveys previously carried out along the same object, as well as perspectives used by the UN for the inclusion of women in peace operations, revealing that gender stereotypes can be used positively to guarantee better coexistence with local women.