Risco e incerteza na avaliação do sistema de transporte e armazenagem em corredores de exportação : o corredor de Paranaguá

Abstract

O presente trabalho desenvolve, baseado em considerações de risco e incerteza, um modelo que permite aos órgãos e entidades responsáveis pela aplicação de recursos, tomar decisões tendo uma visão global do sistema de transportes e armazenagem de um corredor de exportação. A essência do modelo é o fato de muitas das variáveis que afetam os estudo de um projeto não serem controladas pelo analista do mesmo. Escolheu-se como área de estudo para sua aplicação o Corredor de Exportação de Paranaguá, tendo em vista o significativo transporte de produtos agrícolas observado em sua área de influência. Inicialmente, foi desenvolvida, para cada um dos componentes do sistema, uma metodologia, de cálculo para determinação de sua capacidade. A seguir, com base nestas metodologias e no modelo, foi simulado o comportamento de cada um dos subsistemas, e os resultados interpretados globalmente frente a situações futuras de demanda de capacidade para exportação de graneis agrícolas. estabeleceu-se a probabilidade de 70% de atender à demanda como índice para que o sistema possa ser considerado capaz de suprir às necessidades que se apresentem e, constatou-se que para a simulação atual (-2,5 milões de ton/ano), a principal limitação se constitue no subsistema de armazenagem, enquanto para situações de maiores demandas esta limitação se estende inicialmente à ferrovia (a partir de -4,0 milhões de ton/ano) e, finalmente, ao porto (a partir de - 10,5 milhões ton/ano). Isto mostra, que através do modelo pode-se determinar, para todo o sistema, as medidas necessárias para se atingir uma dada capacidade, a probabilidade de ocorrência para cada uma das capacidades simuladas, o investimento necessário para obtenção de cada uma destas capacidades em corredores que apresentem forte sazonalidade. Finalmente, cabe ressaltar, que um dos principais méritos de sua aplicação é a possibilidade de se avaliar o risco da decisão tomada, ou o risco de não se tomar a decisão quando a demanda for superior à capacidade, sendo que, além disto, por ser um modelo dinâmico, pode ser realimentado a qualquer tempo, possibilitando deste modo, um julgamento rápido e preciso em relação às medidas que se pretende adotar.